segunda-feira, 11 de abril de 2016

Voltando à Patagônia - Segundo Dia

Segundo Dia: Escorial e Termas de Lahuen Co Eco

No nosso segundo dia, resolvemos sair do conforto do asfalto e seguir pelo Parque Nacional Lanín.




Entrada Parque Nacional Lanin
Rodar pelas estradas de rípio, como são chamadas as estradas cascalhadas nesta região, é uma diversão maravilhosa para o Maurício, onde ele gosta de testar os limites do carro, do motorista e principalmente dos passageiros. E para isso nada melhor do que fazer isso na Argentina, onde todas as estradas que andamos são muito bem conservadas e possui as curvas compensadas, o que nos dá a impressão de estarmos numa verdadeira prova de  rally.

Seguimos pela Ruta 62 em direção a fronteira com o Chile e nosso destino era um SPA de águas termais na beira do Lago Epulafquen, distante aproximadamente 100 Km de San Martin.
Nossa primeira parada foi no Lago Lolog, que na linguagem Mapuche (povo indígena desta região) significa "lugar cheio de buracos".
As praias do lago são formada de pedrinhas onde nossa diversão foi brincar de jogar pedras na água e fazê-la quicar!
Lago Lolog
Continuamos rodando pela estrada e nossa próxima parada foi no Lago Curruhue Chico, que na linguagem Mapuche significa "lugar obscuro pequeno". No local encontramos uma área de camping que foi muito usado no verão, mas neste dia só encontramos uma manada de cavalos e o que tornava a paisagem ainda mais bela.
Manada a beira do Lago Curruhue Chico


Vista do Lago Curruhue Chico a partir de um mirante a beira da estrada
Ao chegamos ao próximo lago, o Curruhue Grande, deu para entender o porque do lago se chama Chico, pequeno em espanho.
No percurso passamos por uma ponto sobre o Arroio Aseret, ponto que paramos mais uma vez para apreciar a beleza que esta região nos oferece.

Rio Aseret
Vista panôramica do Lago Curruhue Grande torada a partir do mirante

Lago Curruhue Grande
Depois de apreciar o local e tirar muitas fotos, seguimos adiante. A nossa próxima parada seria na Laguna Verde, mas resolvemos fotografá-la no retorno, uma vez que voltaríamos pela mesma estrada.

Seguimos entre bosques de árvores nativas, quase sempre beirando lagos, entre muitas curvas, subidas e descidas chegamos ao Lago del Toro, um lago praticamente seco nesta época do ano, o que nos propicia ver as suas margens formadas pela ação vulcânica da região.

Vista Panorâmica Lago del Toro

Lago del Toro praticamente seca nesta época do ano
Seguimos mais alguns poucos quilômetros e nos deparamos com o El Escorial, onde a aproximadamente 400 anos houve um derramamento de lava do vulcão Achén Ñiyeu que deixou um rio por um percurso de 7,5 km até atingir o lago Epulafquen, sendo que até os dias de hoje este "rio de lava" é visível. Neste local foi criado uma trilha que nos possibilita andar entre as pedras vulcânicas e perceber toda a extensão do derramamento. Depois de 4 séculos ainda é uma região cinzenta e com muito pouca vegetação.


El Escorial

Trilha do Escorial, ao fundo o Lago Epulafquen

Trilha com vista do Vulcão Achén Ñiyeu

Chegamos ao final do percurso que havíamos programado, o SPA Termas Lahuenco a beira do Lago Epulafquen... e para a nossa surpresa, encontramos um local completamente abandonado, limpo e sem nenhum mobília. A estrutura física continua inteira e completamente perdida entre a cerros e lagos belíssimos. Encontramos o poço que emergia água quente e fornecia para a estrutura do SPA, essa água está a uma temperatura de 61ºC, temperatura comum quando as águas termais são provenientes de ação vulcânica.


Poço água termal, 61ºC


SPA Termas Lahuenco

Perto da estrutura do que um dia foi um SPA, o Ponto de Encontro ou porto no Lago Epulafquen ainda se encontra em bom estado e o que nos permite tirar boas fotos e nos deliciar nas águas do lago.
Na linguagem mapuche Lago Epulafquen quer dizer "braço de um lago", esse se liga através de um pequeno estreito ao grande Lago Huechulafquen (mapuche significa "Lago de Cume").


Vista panorâmica Lago Epulafquen



Água cristalina e temperatura agradável no Lago Epulafquen.
E conforme havíamos planejado, no retorno fizemos nossa parada na Laguna Verde para fotografar. Esse lago tem esse nome devido a vasta vegetação rasteira junto a orla e no fundo do lago. E mais uma vez, para nossa surpresa, nos deparamos com uma paisagem pitoresca devido a escassez de chuvas na região, deixando visível as árvores que um dia existiram na orla e uma praia imensa.



Laguna Verde

Encerramos nosso dia com um jantar no renomado restaurante El Meson de la Patagônia. Um restaurante tranquilo e com um atendimento realizado pelos próprios donos. A apresentação dos pratos é muito boa!

Entrada.


Salada.

Cordeiro.


E assim encerramos mais um dia, com um jantar de comidas típicas da região patagônica.












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